sexta-feira, 19 de setembro de 2008

sem título

olho,
sempre
não.
vejo.

vejo,
sempre
não.
olho.

quero.
sempre.

(a puto do farrobo).

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

de volta

(ou como a distância é finita)
(ou como um quadrado pode ter arame farpado)

não há espaço,
na minha cabeça.

não há tempo,
aqui.

cheio de vazio
à vista.

não há verdade,
verdadeira.

ao menos sentimos,
muito.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

por dentro

por dentro,
de ti,
não penso.

vagueio
no tempo,
de certezas
incertas.

estamos mortos,
por dias
vivos.

confundimo-nos
os dois.
juntos.
na ilusão.


ficam sempre
ficamos.